quinta-feira, 28 de abril de 2011

Despedidas e afins...

            De repente, tudo se emudece. O som da falta, ou da saudade, começa a ser ouvido em cada canto de meu sistema nervoso. Sei que pareço confiante, intrépido. Mas, às vezes, a vida nos prega peças que não podem ser evitadas. E nesse teatro, muitos tentam dançar conforme a música, cantar conforme a dança... mas nem todos são assim. Se tentarmos fingir ser quem não somos, acabamos sendo traídos pelo próprio pensamento. E não há nada pior que ter um inimigo dentro de você mesmo.
            Despedida, algo com a qual nunca me acostumarei em minha vida. Em um momento você está inteiro, e de repente se vê numa situação complicada : Uma bifurcação. Palavra forte, que indica uma separação, mesmo que momentânea, ou uma divisão de caminhos. Chega um ponto na vida que as bifurcações aparecem, mesmo que a evitamos. O que fazemos com o que nos é dado é que faz a diferença no final da caminhada. Certas pessoas separam-se, mas estão ligadas, e acabam se encontrando. Outras vivem juntas, mas em caminhos totalmente diferentes, e quase nunca se esbarram. A estrada da vida pode parecer incerta, mas é feita das nossas próprias ações. Por vezes construímos paredes e abismos em nossa caminhada, e andamos mais para chegar ao alvo quando poderíamos ter pego um atalho. Mas essa é a vida, todos erram, muitos querem acertar, poucos usam aquele para chegar nesse.
             E os dias passam, e com eles a experiência vem ganhando espaço no que antes era descoberta e novidade. Aprendemos que o valor de um amigo é muito maior que o das quantias existentes em todas as contas bancárias que se pode imaginar. Conhecemos novas maneiras de reagir à situações adversas, como a despedida, o amor, a tristeza, ‘o sanhaço’. Aprendi que o ‘Adeus’ nunca deve ser dito junto ao momento da partida, que a vida se ajeita por si só, mas que isso não é motivo para não continuarmos de pé, lutando para um futuro melhor. Soube o valor de um ‘Te Amo’, da família, de um amigo... o importante é constatar que mesmo ao se deparar com uma bifurcação, deve-se continuar de cabeça erguida, sempre lembrando daqueles que iniciaram a caminhada ao nosso lado, e mantendo a esperança da união de estradas, de um encontro.

sábado, 2 de abril de 2011

Infinitos


E não são palavras,
que conseguirão transmitir,
as diversas emoções embaralhadas
que encontro em meu cérebro...
Dificilmente fáceis de se entender,
facilmente difíceis de se perder.
Neste mar de sinapses aleatórias,
surge um padrão, um fator...
um sentimento ainda não decifrado,
um conjunto chamado amor.

Muitos pensam que ele já não mais existe,
mas enquanto houver mundo, e pessoas,
ele vai estar lá, como algo que não se pode matar,
algo que não se pode conter, ou entender...
talvez pudéssemos fazê-lo se usássemos os 80 % ou mais
restantes do nosso cérebro...

Mas não, somos limitados...
apenas amamos, e pronto.
Podemos tentar nos enganar,
e limitar nosso amor,
mas não somos limitados ?
O amor não tem limites, ele transcende tudo e todos,
e se fazemos parte dele, então
Somos infinitos... 

Não há como falar do amor sem parodoxos e antíteses,
Não há como falar de nós mesmos sem sermos tendenciosos,
deixe que o amor fale, deixe que ele se apresente, deixe que ele te defina,
talvez tudo se torne um pouco mais fácil.
assim, poderemos entender a nós mesmos.

(poemas incompletos- I)