quinta-feira, 9 de julho de 2015

Uma breve história entre o Café e a Janela


Oscilando, a fumaça vai subindo..
O copo, antes térmico, já é todo calor e fumaça e café.
Preto, calmo, aguarda bem perto dos livros.

Meus olhos, na janela.
Minhas mãos, na mesa, vão parando de se agitar.
Meus pés, no chão de madeira, já não sentem mais o frio de sempre.
Sentem o espaço entre os tacos.

Não estou piscando faz um tempo,
Alguém na sala, em segundo plano, fala algo nesse sentido.
Não dou a mínima, claro, mas obrigado por me lembrar.
A educação opera em um sistema independente e instintivo..

A mão procura a xícara, mas toca no livro.
Faz com que os olhos deixem a janela por um segundo.
"Uma breve história do mundo", sussurra a capa do livro.
sorriso de canto de boca.

Mão na xícara, xícara na boca, pés nos entalhes.
Olhos na janela, ela.
Azul que traz o laranja que molda o vermelho que mata a tarde.
A xícara nem volta à mesa e já é noite.
O preto está por toda parte, menos na sala de estudo.
A fumaça se foi, o café permanece. ece.
E eu querendo saber da janela
e do seu eco.

domingo, 15 de março de 2015

Navegando

O que pensar de nós, do mundo?
Tantos espaços, retratos e letras
Que ficam esquecidos no passado
O que pensar do Eu?
As memórias inesquecíveis, as dores do amargor
Isso poderia ser riscado
Levado pelo vento ao mundo do esquecimento
Lugar das lembranças tendenciosas
Que continuam perpétuas em nossa mente
As lembranças são levadas pela barca de Caronte
E quando se chega ao destino
Não nos despedimos, ficamos mudos
Sem pensamentos incessantes
Tudo fica escuro
Sem som, sem barulho
Será a Paz?
Apagar pensamentos que não enfrentamos
Dizer adeus ao que incomoda
Trará a Paz?
A vida como o filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças
E sem coragem
Controlar o pensamento
Viver o sentimento
Deixando ele ir embora por si só
É olhando para a barca de Caronte
Que dou Adeus ao que não quero pensar mais
ou até logo...
Todos os nossos passos escritos em uma
Divina comédia.